Nossas coisas não serão apenas conectadas, mas também inteligentes
A onipresença da internet vai fazer com que cada vez mais dispositivos do nosso cotidiano, seja em casa ou no trabalho, estejam não só conectados, mas atuem de forma inteligente.
Por Elton Martins
Nas últimas décadas, os profissionais que atuam com tecnologia da informação estão acostumados a aguardar as grandes novidades do mercado logo que o ano se inicia. Parte desse movimento acontece por conta da CES, maior feira de eletrônicos do mundo, que acontece todos os anos em Las Vegas, nos EUA. Por lá, os principais nomes do mercado se encontram e apresentam suas novidades, o que torna mais fácil visualizar as mudanças que as gigantes do setor estão planejando para os próximos anos.
Para além de TVs mais fininhas, celulares dobráveis e promessas de TVs que se enrolam como persianas, a CES 2020 trouxe uma provocação muito interessante: com a melhoria da nossa conectividade à internet, vamos passar a trabalhar não com a ideia da Internet das Coisas, mas com o conceito de Inteligência das Coisas. A sigla continua a mesma (IoT, da expressão em inglês Internet of Things, ou Intelligence of Things), mas os impactos são diferentes: com o avanço das tecnologias como o 5G, que vão acelerar a conexão móvel, devemos ver surgir aparelhos não apenas capazes de se conectar à internet, mas que também passam a tomar decisões e realizar ações conforme os dados que têm acesso. Dessa forma, ao invés de só avisar via uma notificação no seu celular quais são os itens que estão faltando no seu refrigerador, as geladeiras do futuro poderão ajustar seus termostatos automaticamente caso a temperatura ambiente seja mais baixa ou mais alta, por exemplo.
A expectativa de conectar tantos dispositivos e torná-los inteligentes fez até com que a Samsung imaginasse que podemos desenvolver uma certa “fadiga da gestão de tanta conectividade”. Afinal, coordenar a geladeira, o fogão, a TV e a lava-roupas inteligente tende a se tornar uma tarefa que consome tempo. Para lidar com esse desafio, a marca apresentou o conceito do robôzinho Ballie, uma bolinha inteligente que vai circulando pela casa e coordena o funcionamento de cada aparelho conectado, como se fosse um mordomo digital.
Se a Samsung antecipa essa fadiga da gestão das coisas inteligentes e conectadas para uma residência, imagine o que vamos ver ocorrer nas grandes empresas e indústrias. Com a necessidade de implementar a transformação digital e de automatizar tarefas e processos, gestores e diretores precisarão cada vez mais de uma visão geral do que está sendo feito, ganhando visibilidade sobre os status das atividades dos equipamentos inteligentes que terão em suas instalações. Os painéis de controle ou dashboards vão se tornar imprescindíveis para a consolidação de todas as informações em um único local.
O mesmo tende a ocorrer nas cidades, que podem se tornar mais inteligentes no futuro, com a conectividade de semáforos, sistemas de estacionamento (como a Zona Azul) e a coordenação de abertura de chamados e solicitações dos munícipes. Consolidar os processos automatizados e inteligentes tende a ser um dos principais desafios da transformação digital nos próximos anos.
Por isso, acredito que o importante é manter a visão de longo prazo ao mesmo tempo em que mantenho os pés no chão do presente. Todos esses desafios devem chegar ao nosso dia a dia daqui a 5 ou 10 anos, mas a nossa equipe está se preparando para isso ao desenvolver soluções que já pensem em integrações futuras, gestão de status e criação de logs. Dessa forma, a Devell se mantém preparada para lidar com as soluções que resolvem os problemas hoje e que poderão ser utilizadas ainda por longos anos. E você, já pensa nas suas soluções vislumbrando o que vem aí na próxima década?
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A Devell está sempre aberta à novos projetos para solucionar desafios nas áreas de automação, gestão de sistemas e transformação digital. Quer saber como podemos lhe ajudar? Venha tomar um café com a gente!