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Como o 5G vai mudar a forma como lidamos com apps

Como o 5G vai mudar a forma como lidamos com apps

A maior velocidade da internet móvel vai tornar a automação e a conectividade das coisas ainda mais comum no nosso cotidiano

Por Elton Martins

Você se lembra como funcionava a vida sem internet no celular? Era um tempo em que os telefones serviam apenas para ligações e SMS, e a internet era tratada como um “local” onde se precisava “entrar”. Nós entrávamos na internet apenas quando necessário, normalmente a partir de um computador.

Quando a internet chegou aos celulares, por meio das tecnologias 3G e 4G, passamos a ficar conectados praticamente 24 horas por dia. Aos poucos, deixamos de fazer ligações por voz para apostar nas chamadas ligações via WhatsApp (que são basicamente chamadas de voz sobre IP, o famoso VOIP), e hoje temos aplicativos para lidar com quase tudo da nossa vida.

Assim, da mesma forma que nenhuma discussão de bar deixou de ser encerrada com “vou procurar no Google”, toda sorte de problema passou a poder ser resolvido com poucos toques nas nossas telinhas de bolso. A onipresença da internet nas nossas vidas – ou a ubiquidade da conectividade, como alguns gostam de chamar – abriu espaço para que fossem criadas soluções que antes não eram viáveis porque as pessoas não estavam na internet o tempo todo. Hoje, passou a ser comum ouvir que alguém vai “pedir o almoço pelo app” ou estacionar o carro em um local público e ativar o parquímetro pelo celular. Já estamos completamente “aplicatificados”.

Nos próximos anos, a expectativa é que fiquemos ainda mais plugados à web pelos nossos celulares. Segundo o Statcounter, desde 2016 a proporção global de acessos via aparelhos móveis é maior do que os acessos via computadores. No Brasil, essa mesma perspectiva deve se tornar realidade dentro de alguns anos, provavelmente alavancada pela maior velocidade de conexão móvel prevista com a chegada do sinal 5G no país.

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Globalmente, já acessamos mais a internet via celular do que via desktop. Fonte: Statcounter

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No Brasil, o acesso à web via aparelhos móveis continua crescente e deve aumentar ainda mais com a chegada do 5G. Fonte: Statcounter

O que vai mudar com o 5G

Considerada a próxima geração de internet móvel, o 5G promete uma maior velocidade de download e de upload nas nossas redes de telefonia celular. Ao melhor uso do espectro de rádio, o 5G não apenas é capaz de manter mais dispositivos conectados à internet ao mesmo tempo, mas também oferece conexões mais estáveis e cobertura mais ampla. Ou seja, tudo o que já fazemos hoje nos nossos smartphones, poderemos fazer ainda mais rápido e melhor com o 5G.

Por enquanto, o governo ainda debate a melhor forma de adotar o 5G no Brasil, já que a sua implementação requer autorizações para o uso de novos espectros das ondas de rápido. No mundo, países como a China estão gradativamente adotando o 5G, prevendo alguns grandes impactos positivos para os negócios.

Mais streaming: o primeiro impacto que vamos sentir, segundo um relatório da consultoria Kantar, será o aumento do consumo de serviços de streaming (como a Netflix) diretamente nos celulares, já que as redes terão maior velocidade. As chamadas em vídeo se tornarão ainda mais comuns e frequentes, já que o 5G oferecerá mais estabilidade para a conexão. Em alguns casos, até a internet doméstica poderá ser obtida via rede celular, especialmente em regiões onde o cabeamento possa ser mais complicado ou caro de ser realizado.

Mais automação: por conta da capacidade de conectar mais dispositivos ao mesmo tempo com alta velocidade e baixa latência, a rede 5G promete alavancar a automação de sistemas e a implementação da Internet das Coisas nas empresas. Dessa forma, a nova transformação digital acontecerá de maneira mais veloz e mais fácil de implementar.

Mais sistemas na nuvem: no longo prazo, a chegada do 5G promete um significativo ganho de performance nas conexões. As atividades online vão passar a acontecer de forma quase instantânea, o que fará com que plataformas de serviços na nuvem (como as oferecidas pela Microsoft ou pelo AWS da Amazon) se tornem mais eficientes e confiáveis, operando com menos lags e lentidão. Dessa forma, a grande maioria dos aplicativos ou serviços web poderão ser desenvolvidos de forma nativa na nuvem (ou seja, passam a acontecer na web ao invés de localmente) trazendo uma enorme eficiência no desenvolvimento de microserviços e na operação de aplicativos, além de facilitar o trabalho dos DevOps. Do ponto de vista das consultorias de tecnologia como a Devell, a chegada do 5G vai, no fim das contas, tornar ainda mais ágil o desenvolvimento de sistemas ou apps, além de permitir que atualizações ou melhorias contínuas possam ser executadas mais frequentemente, sem a necessidade de interrupção dos serviços.

Quando chega essa novidade?

Apesar do 5G já ser uma realidade na China e dar seus primeiros passos em países como os EUA e o Reino Unido, a novidade ainda deve levar alguns bons meses para chegar ao Brasil. Segundo as últimas informações do noticiário, a expectativa é que o leilão das licenças da telefonia móvel de 5ª geração aconteça ainda em 2020, abrindo caminho para que o Brasil também possa operar com a tecnologia 5G.

No entanto, há vantagem até nessa eventual demora. Enquanto o 5G não é aprovado, a indústria da tecnologia ganha tempo para se preparar com novos processos e novas técnicas de desenvolvimento voltadas para essa nova era de mais velocidade na conectividade móvel.

E você, já pensou o que mudará na sua indústria com a chegada da internet móvel ainda mais confiável e veloz? Se ainda estiver na dúvida, saiba que pode contar com a Devell para te ajudar a entender o cenário e se preparar para esse momento, que pode chegar bem antes do imaginado.

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