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E se os estudantes pudessem aprender enquanto “descem pro play”?

E se os estudantes pudessem aprender enquanto “descem pro play”?

Por Elton Martins

A tradicional cena de alunos debruçados sobre livros como uma representação do ato de “estudar” já ficou no passado. Estamos mais acostumados a vê-los estudando pelas telinhas dos tablets e celulares, por meio de pesquisas em buscadores, mas será que estamos preparados para vê-los estudando enquanto se divertem e dão play em games?

Bem antes da pandemia bagunçar o coreto da educação do ensino fundamental e médio, que precisaram se adaptar às salas de videoconferência e atividades digitais, já existia uma vontade dos educadores de buscar novas formas de engajar mais os estudantes de formas mais interessantes e empolgantes. O que o momento atual fez foi acelerar esse processo, que provoca o que muitos já tinham percebido: o ensino para o mundo contemporâneo não precisa acontecer sob as mesmas bases do ensino tradicional que conhecíamos até agora.

Como provoca a PhD em aprendizagem disruptiva Leila Ribeiro, é preciso revitalizar o modo como educamos nossos estudantes, oferecendo a eles a chance de aprender testando e experimentando, que são opções contemporâneas de absorver conhecimento. Se repararmos bem, é exatamente assim que eles têm feito para aprender o que fazem no dia a dia – desde como programar até fazer transições surpreendentes no TikTok. Eles aprendem na prática, na competição entre pares, a partir das suas experiências, de forma gamificada.

Parte dessa vontade de ter novos formatos de educação também pode ser percebida no grande número de estudantes que todos os anos se preparam para concorrer nas Olimpíadas de Conhecimento, que desafiam os participantes em disciplinas como matemática, linguística, biologia, química e história. Ao transformar a própria atividade em um “game” e se disporem a competir (nos casos das olimpíadas individuais) ou colaborar entre si (quando são formadas equipes competidoras), esses jovens encontraram novas motivações para aprofundar os estudos nas suas áreas de interesse ou de maior facilidade.

Ainda que o distanciamento social tenha catapultado o surgimento de diversas plataformas de ensino à distância (EaD), que se apoiam em transmissões de vídeos gravados ou ao vivo, o nosso time na Devell reparou numa ausência muito específica: falta para esses estudantes ter acesso a um playground, um ambiente do tipo “caixa de areia”, onde possam exercitar suas habilidades, competir e colaborar entre si, trocando conhecimentos e se apoiando em uma comunidade focada em interesses semelhantes.

Pense comigo: existem hoje quase 12 milhões de alunos matriculados nos anos finais do ensino fundamental e mais outros 7 milhões matriculados no ensino médio. Dentre eles, mais de 18 milhões se inscreveram na Olimpíada Brasileira de Matemática da Escola Pública (OBMEP); mais de 880 mil se inscreveram para participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA); outros 200 mil se inscreveram na Olimpíada Brasileira de Robótica; cerca de 73 mil fizeram parte da Olimpíada Nacional de História Brasileira (ONHB); 6 mil estudantes estiveram envolvidos na Olimpíada Brasileira de Linguística (OBLING) e mais de 2 mil se envolveram na Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON).

Cada uma dessas olimpíadas reforça conhecimentos de estudantes que também vão, mais tarde, prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), cuja pontuação apoia os estudantes na aprovação de vestibulares por todo o país. Só no ano passado, mais de 6,3 milhões de estudantes se inscreveram no ENEM, e para 2020 são esperados mais de 5,7 milhões de inscritos, mesmo com os desafios da pandemia.

Essa grande procura por olimpíadas e desafios de conhecimentos mostra que a competição e a colaboração em prol de uma “linha de chegada” aguça e incentiva a aprendizagem desses estudantes de uma maneira bem diferente do aprendizado tradicional em sala de aula. Felizmente, os resultados são muito positivos, como mostra uma análise da Olimpíada Mundial de Matemática, que existe há mais de 40 anos. Segundo dados coletados pela competição, o desempenho internacional da equipe brasileira tem apresentado crescimento, demonstrando que essa nova forma de aprender pode gerar bons resultados para a aprendizagem de matemática no Brasil.

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Quem atua com tecnologia já está, por conta da nossa própria prática, mais acostumado com novos formatos de aprendizagem, porque muito do conteúdo vai sendo descoberto na base da tentativa e do erro. Eu mesmo, que tenho mais de década no setor, sei da importância de poder testar, experimentar e brincar com os conhecimentos que vamos desenvolvendo para que então seja possível gerar resultados impressionantes no futuro.

Agora, imagine se esse imenso público de estudantes tivesse a chance de exercitar seus conhecimentos nos intervalos entre uma olimpíada do conhecimento e outra, entre um ENEM e outro, antes que passar a concorrer em vestibulares e concursos?

Nossa hipótese aqui na Devell é que os patamares da qualidade da nossa educação tenderiam a aumentar. Afinal, nada como ter um playground para brincar com os conhecimentos e ver no que eles vão dar, sem a pressão de precisar acertar a resposta certa com tanta coisa em jogo, como acontece nos vestibulares. Eu e minha equipe estamos muito interessados em fazer parte dessa revolução do aprendizado para o futuro. Queremos ajudar a criar esse ambiente lúdico e leve onde os estudantes vão poder experimentar, testar e colaborar, desenvolvendo conhecimentos de forma divertida e digital. Quer ser um dos primeiros ou primeiras a saber o que estamos criando aqui nos nossos bastidores? Acompanhe o meu perfil por aqui ou siga a página da Devell no LinkedIn para ficar sabendo primeiro desse nosso próximo lançamento.

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